quarta-feira, junho 26, 2002





C U R I O S I D A D E S I T A L I A N A S

Algumas curiosidades sobre o vinho:
A cor é a melhor pista para o exame do vinho ainda na garrafa: observando-o contra a luz, o vinho estará BOM sempre que seus reflexos forem da gama do vermelho e estará em perigo ao aproximar-se do marrom escuro, quando ele literalmente estraga.

Tomando um só tipo de vinho sem acompanhar alimentos, o problema não se coloca; mas se for mais de um, a seqüência deve ser in crescendo, isto é, brancos antes dos tintos, secos antes de suaves, novos antes de antigos, sempre do MENOS para o MAIS importante.

Alimentos que deturpam o gosto do vinho: alcachofra, molhos saturados de vinagre e chocolates.
Alimentos que potencializam o máximo o gosto do vinho: pão e queijo.

O vinho não pode ser enlatado porque corroe a lata, e também porque o vidro tem maior poder de conservação, isto é, conserva durante mais tempo as qualidades gustativas de um grande vinho. Além disso, após aberto, o vinho deve ser bebido todo, pois o ar que fica na garrafa o estraga.



Avaliando o Vinho
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A DEGUSTAÇÃO
A degustação formal deve ser feita em um lugar neutro e bem iluminado. Use os olhos, o olfato e o paladar, nesta mesma ordem, para provar e avaliar um vinho.
- Limpe o paladar com àgua entre vinhos.
- Tome notas de suas impressões de todos os vinhos.
- Não coma nada antes nem durante uma prova.
- Não use perfumes: outros aromas são intrusos.

A COR
A cor e sua intensidade, especialmente no vinho tinto, podem revelar o tipo de uva usado, assim como a maturidade e a idade do vinho. A sua clareza também é significativa: um vinho jovem terá mais brilho do que um vinho com mais idade. Um vinho pode ficar turvo por causa do sedimento, mas também pode indicar um defeito. Analise o vinho sob a luz natural; luzes artificiais afetam sua cor.

OBSERVANDO VINHOS BRANCOS
Os vinhos brancos podem ser incolores, ter cor de água ou cor dourada, mas a maioria são de cor de palha clara, que escurecem com o tempo. Geralmente, o vinho de cor mais pálida vem de regiões mais amenas e o vinho mais escuro de regiões quentes. A exceção é o vinho bem doce, principalmente o branco envelhecido em carvalho, que é de cor mais intensa. Vinhos brancos jovens podem ser verdes; o vinho amarronzado pode estar ruim.
Vinhos Amarelo-Dourado: A cor não desaparece na margem e a cor pode indicar a idade ou a doçura.
Vinhos cor Ouro-Velho: A cor de ouro velho indica um vinho rico e bem incorpado e uma cor intensa implica doçura.
Vinhos Cor de Água: O aroma e o sabor do vinho descartam muitas opções, como por exemplo um vinho verde português, que por ter muitas borbulhas confirmam ser feito de um Riesling. Uma cor bem definida apesar do aspecto aguado indica um vinho de qualidade.
Vinhos Amarelo-Limão: O cheiro do vinho nos revelará que o tipo de uva é Chardonnay enquanto o seu sabor e a sensação da borbulha nos dirá se de fato é Champanhe.

OBSERVANDO VINHOS TINTOS
A cor do vinho tinto, do rosa ao quase preto, se deve em grande parte ao tipo de uva, mas fatores como a idade e a região de origem também contribuem. Ao contrário do branco, o tinto clareia com o tempo: quanto mais marrom e pálida for a margem mais maduro é o vinho. Regiões quentes normalmente produzem vinhos de cor escura, e vinhos envelhecidos em carvalho perdem mais cor do que os envelhecidos em garrafa.
Vinhos Laranja-Claro: Um aroma perfumado com fruta de morango, sem nenhuma pimenta confirma que o tipo deve ser Pinot Noir.
Vinhos Vermelho-Tijolo: Quando provado, o vinho revela um paladar firme, mas que não é rico e capaz de envelhecimento: o vinho é um Bordeaux modesto.
Vinhos Grená-Claro: O vinho tem o aroma de pêra associado com o Beaujolais; o tipo de uva pode ser Gamay.
Vinhos Quase-Negros: O aroma de pique é aquele da uva Syrah; é um vinho do Ródano: não há sinal de carvalho baunilha do novo mundo.

USANDO O OLFATO
O aroma de um vinho pode revelar muito sobre sua condição e caráter. Para avaliar o "bouquet" de um vinho, gire-o no copo e cheire-o: suas primeiras impressões são fundamentais. O cheiro é fresco ? E a intensidade do aroma ? Apesar do vinho ser feito da uva, geralmente ele tem um cheiro frutado que pode sugerir desde um morango até uma pera ou até mesmo um odor apimentado.

SABOREANDO
Tome um bom trago do vinho, mas resista à vontade de ingeri-lo. Em vez disso role o vinho na boca, expondo-o a todas as papilas gustativas. Inspire sobre o vinho na boca para soltar ainda mais o sabor. Tente avaliar a intensidade do álcool, e a sua acidez e doçura.

Garrafa de Vinho (Bairrada DOC 99 - tinto)
Sua adega
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Se você já é colecionador de vinhos, provavelmente não precisará ler esta dica. Se você pretende iniciar uma coleção de vinhos, recomendo que COMPRE ou CONSTRUA (conforme for o caso) uma boa adega climatizada ou não inicie a coleção.

Se você compra vinhos que não são considerados grandes vinhos, como a maioria dos bebedores de vinhos, NÃO guarde os vinhos por períodos longos, ou seja, compre e beba após alguns dias ou, no máximo, meses.

A grande maioria dos vinhos é colocada à venda para ser consumida e sua guarda NÃO fará com que suas qualidades se tornem melhores (ver Hugh Jonhson, Jancis Robinson, Robert Parker e outros). Pelo contrário, você correrá o risco de perdê-los ou na melhor das hipóteses que sejam prejudicadas suas qualidades.

Acomode-os num lugar escuro, em posição horizontal. O lugar, quanto mais fresco, melhor. O resto é conversa fiada.

Em lugares onde a temperatura máxima chegue aos 26 graus, NÃO guarde vinhos brancos considerados bons, como alguns australianos, chilenos, franceses, italianos e outros, por mais de 3 anos, contados do ano da safra. Mas saiba que eles passarão a apresentar aromas e sabores de frutas mais maduras (experiência própria). Se você não gostar, beba os brancos logo após a compra.

Os tintos poderão ser guardados um pouco mais de tempo, mas NÃO exagere.

Conclusão: NÃO guarde vinhos considerados bons, mas de características comuns. Beba-os.


Por que o vinho?
Por: Marcelo Copello
"Procura ser feliz ainda hoje, pois não sabes o que te reserva o dia de amanhã. Toma urna taça cheia de vinho, senta-te ao clarão do luar e monologa: "Talvez amanhã a lua me procure em vão." Omar Khayyam

O Vinho é um dos mais antigos assuntos da literatura. Nela ocupou lugar de destaque em todas as eras. Porém, como disse L.F. Veríssimo: "já se disse mais bobagem sobre vinhos do que sobre qualquer outro assunto, com a possível exceção do orgasmo feminino e da vida eterna". Não quero engrossar estas fileiras. Vou me ater ao essencial.

O vinho pode ser visto sob diversos ângulos: como um poderoso e saudável alimento; como um produto comercial, que tem um preço e deve dar lucro; como uma mera bebida alcoólica que se bebe para se ficar bêbado; como símbolo de status, sofisticação e esnobismo; como história líquida que acompanha a espécie humana desde os primórdios da civilização; e como fonte inesgotável de prazer e descobertas. O vinho é tudo isto, e pretendo abordar todos estes aspectos.

Quero transmitir uma idéia, uma maneira de pensar e ver o mundo e não apenas ser mais um acadêmico impingindo um monte de regras ao leitor. Não falo de enologia, mas de filosofia, ou devo dizer enosofia! Alguém ainda duvida de que a alimentação afeta o comportamento? A escolha do alimento é uma escolha existencial pela qual se chega a construção de si mesmo. O problema dietético é apolíneo (e logosófico): é a arte do escultor de si mesmo.

"Pensamos , sonhamos e agimos segundo o que bebemos e comemos." Marinetti.

"O homem não é mais artista, ele é a própria obra de arte." Nietzche.

O regime é toda uma arte de viver. Também maneira de sonhar, de fantasiar. A dietética informa sobre o que gostaríamos de ser. O papo está muito cabeça? Não se preocupe serei bem direto e prático quando assunto exigir, por enquanto estou tentando convencer você da importância do mesmo.

Aviso : Não pretendo formar snobs. Se você já é um snob amador poderá aqui se profissionalizar. Mas este não é o meu objetivo, pelo contrário, o objetivo é dismistificar e disseminar conhecimentos, e não ditar sabedoria nem impor gostos. Pretendo mostrar a lógica do vinho, o porquê das regras, para que você pense, e conscientemente desenvolva seu paladar e chegue as suas próprias conclusões.

Não serei técnico, mas voltado para o leigo. O leigo que deseja continuar leigo, mas agora com estilo. Vamos, com bom humor e joie de vivre colocar a sofisticação do vinho ao alcance de todos. Vamos tira-lo do pedestal e colocá-lo na taça e na goela. Devemos lembrar que o objetivo final do vinho é emocionar quem está bebendo. Portanto não dê atenção aos bebedores de rótulos e deixe que o vinho cumpra a sua função. Para tal, no entanto, existem algumas regras básicas que veremos aqui e que farão com que você se emocione ainda mais ou descubra novas emoções !

Não faço apologia das bebidas, mas sim do bem beber, que é uma arte. Não pretendo formar artistas pois estes já nascem formados, mas como para qualquer arte existe uma técnica e, esta não pode ser ignorada pelos artistas que querem se tonar virtuoses. Tornar-se um virtuose na arte de beber vinhos é encher sua vida de saúde, gostos, aromas e alegrias que certamente serão compartilhados com muitos amigos.

Como identificar o "vinho bom"

Vinho é simplesmente o suco de uva fermentado, nada além disso. Vinho de outras frutas não é vinho, vinho é do fruto da videira. Dêem portanto outros nomes a outros fermentados de outras frutas, mas não vinho.

Como surgiu o vinho? Dizem que foi por acaso. Para que o vinho surja basta espremer as uvas e esperar. Deve ter surgido espontaneamente em algum recipiente aonde as uvas tenham sido amassadas e deixadas ao acaso.

O vinho é uma bebida de congregação. Motiva a reunião de pessoas em torno de uma garrafa. Faça isto regularmente com seus amigos e verá o poder de aglutinação que só o vinho proporciona.

Respondo desde já uma pergunta que me fazem com freqüência. "Que vinho você recomenda?". Três fatores identificam o "vinho bom".

1 - O que melhor se adapta a seu gosto pessoal (espero que você desenvolva este gosto a partir destes artigos).
2 - O que melhor se adapta ao seu bolso. O vinho tem um preço, impossível esquecer disso nos dias de hoje.
3 - O que melhor se adapta a ocasião (temperatura, companhia, comida, estado de espirito etc).

Vinho pede contexto. E é possível classifica-los quanto ao mesmo.

Os vinhos de visita, precisam apenas do pretexto, dispensam a reputação. São pura diversão.

Os vinhos de conversação são para a confraternização dos companheiros. São gregários, bebidos ao sabor de histórias e risadas. Como disse o jornalista Mário de Almeida Lima, Deus só criou o homem pois Ele estava a beber sozinho e vinho exige companhia!

Os vinhos de meditação pedem o silêncio e concentração. São as obras de arte líquida, uma epifania! Para se beber de joelhos.

Desenvolva seu gosto, eleja seu "vinho bom" e compartilhe-o com seus amigos.

"Por mais raro que seja, ou mais antigo
Só um vinho é deveras excelente:
Aquele que tu bebes calmamente
Com o teu mais velho e silencioso amigo."
Mário Quintana.

terça-feira, junho 25, 2002



O VINHO ATRAVÉS DOS TEMPOS

As sementes de uvas foram encontradas em cavernas pré-históricas. Mas foram os Mesopotamios e os Egípcios que provavelmente foram os primeiros a produzir o vinho fermentando as uvas. A produção de vinho era uma arte já estabelecida no Egito em 3.000 aC. Os Reis plantavam dois tipos de vinhedos, para vinhos fúnebres e domésticos. As lendas chinesas daquela época também indicam beber vinho.

Os gregos creditaram ao deus Dionísio o dom do vinho. Mas foram os egípcios que difundiram a arte de fazer o vinho ao longo do Mediterrâneo, particularmente na Itália meridional.

Culturas antigas reconheciam as virtudes do vinho como um medicamento e um anti-séptico. Uma receita médica baseada em vinho foi encontrada num papiro egípcio. Do tempo de Homero até recentemente, o vinho foi utilizado para desinfetar feridas. Hipócrates o tinha receitado como um diurético e para abaixar a febre.

e a levaram para os países que conquistavam. Como os gregos, eles produziam o vinho tinto, o branco e o ambar (rosé?). Alguns eram aquecidos em salas de defumação para torná-los doces e melados, dando também um sabor defumado.

Os gregos que se estabeleceram em Marselha em torno de 600 a.C., ensinaram os Gauleses a fazer o vinho. Sob os Romanos, Bordéus, of vale do Rhone e a península ibérica tornaram-se bem estabelecidas com regiões produtoras de vinho.

Em 92 d.C., o Imperador Domício, ameaçado pela concorrência, ordenou que a metade dos vinhedos gauleses fossem destruídos. Quando as restrições foram suspensas em 280 a.C., regiões como a Borgonha e a Alsácia começaram a produzir vinho.

Na idade média, cada monastério produzia o seu próprio vinho para o sacramento e para a subsistência. O vinho era servido em banquetes, misturado com temperos e mel para a amainar a aspereza de um vinho jovem, mas também eram misturadas com especiarias (inclusive com pimenta, tipo malagueta) e secreções animais para criar medicamentos. Alguns dos mais famosos vinhos franceses, especialmente os de Borgonha, estão ainda sendo produzidos ao redor de antigos monastérios e cresceu com a sua exportação para a Inglaterra, a Escócia, a Escandinávia e o Oriente Médio.

O vinho era armazenado em barris de todos os tamanhos até o século XVIII, quando a garrafa de vinho tomou a sua presente forma.

Depois da Revolução Francesa, os vinhedos que pertenciam à nobreza e às comunidades religiosas foram divididas para pequenos proprietários.

Vinhedos foram plantados na África do Sul, na Austrália e na América durante o século XIX. Em 1867, a doença “filoxera” quase destruiu os vinhedos europeus. Estes foram gradualmente reconstruídos com vinhedos de enxerto vindos da América, que eram resistentes à doença.

Até o século XX, hospitais e médicos utilizavam o vinho para tratar vários tipos de doenças. Os vinhos brancos eram receitados como diuréticos, os Borgonhas tintos para a dispepsia, os Bordeux tintos para desordens estomacais, e a Champanhe para a náusea e o catarro. Hoje, o vinho ainda é um componente em muitos medicamentos. Estudos científicos analisaram os benefícios à saúde que trazem o vinho. Em 1940, um estudo mostrou que o vinho contém as vitaminas A, B e C, como também 13 minerais essenciais para a vida humana. Em 1970, um professor da Universidade de Bordéus apresentou a hipótese do vinho proteger o sistema cardiovascular. Sua teoria foi confirmada em uma estudo com coelhos, em 1982. Um pouco depois, um estudo da Organização Mundial de Saúde mostrou que a taxa de mortalidade francesa por problemas cardíacos era a mais baixa do mundo ocidental industrializado, apesar dos hábitos franceses de fumar, comer alimentos gordurosos e evitar exercícios físicos. Somente os japoneses, com a sua dieta baixa em gorduras e arroz, tiveram uma taxa mais baixa.

O primeiro jornalista americano a falar do Paradoxo Francês foi Edward Dolnick, num artigo para a revista “Health” (Saúde), em 1990. Neste artigo, o médico francês Jacques Richard afirma que o vinho é que protege os franceses contra doenças cardíacas. Um ano depois, 20 milhões de americanos assistiram ao programa “60 Minutes” (60 Minutos) sobre o mesmo assunto.

As pesquisas sobre os benefícios do vinho à saúde renovaram o consumo no mundo desta bebida antiga. De 1949 a 1998, o número de países produtores aumentou de 40 para 74 e a produção aumentou em 85%. Hoje, mais pessoas bebem vinho em função dos benefícios à saúde e pelo prazer.



Vinho Roxo

Há, numa taça vazia,
Toda a perdida alegria
De uma noite de esplendor.
Olhando o fundo da taça,
É que se vê a desgraça
Dos grandes ébrios do amor.

Bebi contigo nas ceias
E, hoje, por mais que não creias
No que te digo a chorar,
Vendo uma mesa desfeita,
Sinto em minha alma a suspeita
De quem era esse lugar...

Perdoa essas maluquices,
São lembranças das meiguices
De um passado encantador.
Da nossa vida em recreio,
Com alguma briga no meio,
Para aumentar nosso amor...

Taças vazias... No fundo,
Há sempre um resto profundo
De um grande amor que morreu.
E que falta de carinho
Num resto roxo de vinho,
Que era meu e que era teu...

- Orestes Barbosa -

sábado, junho 22, 2002



Hoje, diferente dos dias em que se insere curiosidades ou reportagens sobre vinho, queria deixar registrado um grande agradecimento. Agradecer a uma pessoa que, sem ela, a página Sun Island não teria nem existido e, por demais, sempre estar com uma agradável e bem feita paginação.
Lena, coisinha mais querida, hoje te agradeço por isso e por tantas outras coisas que tens me dado o privilégio de conhecer.

sexta-feira, junho 21, 2002

A TRADIÇÃO JÁ NÃO É O QUE ERA!
-por João Paulo Martins-
À pergunta clássica sobre quais os vinhos que mais tempo aguentam na adega, o consumidor avisado afirma: os tintos! E o que acontece quando a realidade se encarrega de nos surpreender?
De imediato se colocou uma questão técnica: como identificar os vinhos que poderiam estar em boas condições? A resposta tem duas vertentes: em primeiro lugar, deveriam ser desclassificadas (se o termo é permitido, neste caso) as garrafas que apresentem muito vinho em falta; uma certa quantidade em falta (dois dedos máximo) poderá ser aceitável mas mais que isso indicia oxidação inevitável do vinho; em segundo lugar (e o mais importante) a cor do vinho. Sabemos que o branco tende a ganhar cor com a idade, atingindo um dourado bem forte mas sem nunca chegar ao castanho. Assim, as garrafas com líquido castanho devem ser postas de lado.

1. Não despreze os vinhos velhos que tem na sua adega. Pode ter boas surpresas
2. Não decante estes vinhos porque podem perdem a frágil saúde que apresentam. Coloque-os na posição vertical durante uns dias antes da prova e sirva com cuidado.
3. Não se esqueça que as condições de guarda são fundamentais: alguns vinhos que não se mostram bem podem, noutras adegas, ter encontrado melhores condições. Não aceite estas notas como regras definitivas.
4. É sempre de esperar grande variação de garrafa para garrafa. Se tem várias, não desista ao primeiro desaire.
5. A temperatura da adega determina inexoravelmente a evolução do vinho. Se a sua adega é “quentinha” é provável que as desilusões sejam superiores às alegrias.
6. Escolha o petisco certo (procurando, entre outros aspectos equilibrar a acidez do vinho com as características do prato) e “aquele” grande branco que descobriu reserve-o para ser bebido em concerto a solo. Tim, tim!

Já agora, e para terminar, rodeie-se de apreciadores de vinhos velhos. É que se tem à volta os que apenas apreciam os aromas de maracujá, banana e baunilha nos brancos, então está tudo estragado. E...boa prova.

quinta-feira, junho 20, 2002

VINHOS TINTOS OU BRANCOS?......ESCOLHA!!!
Existe uma antiga querela entre os vinhos brancos e tintos, e até pouco tempo atrás, os especialistas acreditavam que o verdadeiro vinho era o tinto, e o branco algo destinado aos iniciantes. Porém, este cenário parece estar se modificando. Pouco a pouco, começamos a conhecer brancos de alta qualidade, diferentes da maioria dos alemães que rondavam as prateleiras, e, atualmente, reconhecemos que existem também ocasiões perfeitas para o vinho branco. Por exemplo, experimente um Alvarinho, vinho branco da região portuguesa dos Verdes, bem gelado numa tarde quente; ou mesmo aprecie ostras frescas acompanhadas com Sauvignon Blanc da Nova Zelândia a uma temperatura de seis graus centígrados. Simplesmente fantásticos.

Na verdade, dizer que vinho só tinto é algo ultrapassado. O que sabemos é que o consumo varia de acordo com os hábitos de cada lugar e cultura. Na Inglaterra, por exemplo, o consumo é dividido em partes iguais - 50% do mercado é dos vinhos brancos e 50% dos tintos - já no Brasil, algo em torno de 70% dos consumidores preferem os tintos. Fiquemos à vontade.

Conhecer as características das uvas é fundamental na escolha dos vinhos e suas combinações com os alimentos. Assim, vejamos uma descrição sucinta do vinho gerado por algumas uvas brancas (Chardonnay e Sauvignon Blanc) e tintas (Cabernet Sauvignon, Pinot Noir e Merlot) para orientá-lo nas suas investigações acerca do vinho que mais lhe agrada. Porém, vale advertir que quando descrevemos um vinho estamos tentando analisar, isto é, dividir em partes um todo que é indescritível. Explico melhor: a experiência sensorial diante de um vinho é única e una, não é naturalmente divisível em uma analise visual, olfativa e gustativa; esta decomposição é um esforço racional de descrever uma experiência inteira e completa. Assim, quando dizemos "este vinho tem um aroma de frutas vermelhas" estamos utilizando uma metáfora, uma analogia "frutas vermelhas", utilizando algo supostamente conhecido para elucidar o que é de alguma forma intraduzível. Assim, não devemos encarar as descrições dos vinhos como algo imprescindível. Muitas vezes o grande vinho pede o silêncio.

Chardonnay é considerada a rainha das uvas brancas. Casta francesa, é fácil de cultivar e se desenvolveu bem em quase todo o mundo. Conforme for vinificada pode gerar desde brancos complexos, longevos e amanteigados até vinhos jovens e simples para o dia a dia. Os aromas desta casta trazem um frescor que lembra frutas (pêra e melão), frutas cítricas (abacaxi e limão), tostados e amanteigados (quando passam pelo carvalho) e às vezes baunilha e nozes. É a uva dos franceses de Chablis e de Champagne. Tem evoluído bem no Chile, principalmente na região de Casablanca, e resulta em vinhos excepcionais na África do Sul, Austrália e Nova Zelândia. No geral, combinam com frutos do mar, peixes brancos, frangos, saladas leves e massas e risotos suaves.

Sauvignon Blanc é a segunda casta branca mais cultivada, também francesa, é mais seca que a Chardonnay. Seus aromas e sabores são florais, frutados (groselha), às vezes aspargos e ervilhas e herbáceos (ervas recém cortadas). Destaca-se nos vinhos do Loire (Sancerre e Pouilly-Fumé) e Nova Zelândia e começa a aparecer também no Chile. Harmoniza-se com frutos do mar e peixes frescos.

Cabernet Sauvignon é, sem duvida, a uva tinta mais conhecida, mais citada e mais difundida atualmente. Originária de Bordeaux e predominante nos grandes vinhos do Médoc, foi cultivada nos quatro cantos do mundo. Facilmente reconhecida por suas características marcantes, lembra pimentão verde, cassis e hortelã. Por seu tanino, substância travosa presente na casca, sementes e engaço das uvas tintas, deve envelhecer pelo menos três anos antes de ser bebido. Combinam com carnes vermelhas como cordeiro, caças e massas com molhos mais fortes. Os melhores são os Bordeuax, Chilenos (principalmente pelo fator preço), Australianos e Californianos.

Pinot Noir é a grande variedade tinta da Borgonha. Muito difícil de cultivar, desenvolveu-se também no Chile, Austrália, África do Sul, Califórnia e Nova Zelândia. O vinho tem cor cristalina, poucos taninos e acidez, textura sedosa, tem aroma e sabores de framboesa, morango, cereja e rosas. È um vinho versátil, combinam com peixes, aliás é um dos poucos tintos que vai bem com peixe, salmão, carnes guisadas, vitelos, bacalhau, embutidos e porco.

Merlot é outra uva tinta de Bordeaux ( Pomerol e St. Emilion ), produz vinhos mais redondos, não tão agressivos na juventude, como os da Cabernet Sauvignon. Não precisa envelhecer tanto. Lembra ameixa, rosas e groselha preta. Combina bem com porco, peru e carnes mais suaves. Os melhores vinhos desta casta são da França, Califórnia, Chile e nova Zelândia. Bom, vou ficando por aqui, na próxima coluna discutiremos porque alguns vinhos destacam os nomes das uvas e outros as regiões de origem. Tim Tim!

A UVA E SUA MULTIPLICIDADE
Existem sessenta espécies, utilizo aqui o termo espécie no sentido botânico, de uvas no gênero vitis, a maioria de origem americana, algumas asiáticas e outras européias. Para produzir vinhos de qualidade, a espécie que possui os principais tipos de uvas é a euro-asiática, chamada vitis vinifera ou de uvas nobres. Para termos uma noção da diversidade da vitis vinifera, calcula-se que existam em torno de 10 mil variedades de uvas nesta espécie. Claro que se pensarmos nas principais restringiremos este numero a 80 ou 100 variedades.

Existem variedades que se adaptaram bem nos quatro cantos do mundo, como é o caso das cepas francesas, e outras que praticamente só existem nas regiões originárias. São as denominadas autóctones, como as castas portuguesas, por exemplo. Entre as variedades brancas destacam-se as uvas Chardonnay, Sauvignon Blanc, Sémillon, Riesling, Moscatel, Gewürztraminer, Ugni Blanc/Trebiano, Alvarinho e Pinot Gris. As uvas tintas principais são Cabernet Sauvignon, Pinot Noir, Syrah, Merlot, Cabernet Franc, Gamay, Malbec, Carmenére, Dolcetto, Sangiovese, Nebbiolo, Pinotage, Tempranillo/Tinta Roriz, Garnacha, Barbera, Dolcetto, Touriga Nacional e Touriga Franca, Tannat e Zinfandel.

Ao longo da história acostumou-se a batizar o vinho com o nome da principal uva utilizada, ou seja, a expressão varietal era usada para tratar o vinho feito com várias uvas, porém, com predomínio de uma delas. Na verdade, o vinho pode ser elaborado a partir de uma única variedade de uva, de uma mistura de duas ou mais variedades que tenha uma predominante, ou ainda de uma mistura de castas sem predomínio de qualquer uma delas.

Atualmente, chamamos os dois primeiros casos de vinho varietal, mas o correto seria, no primeiro caso, chamar o vinho de puro ou monocasta, já que ele revela de maneira integral as características da cepa; e no segundo caso chamar de varietal da casta predominante, pois apesar dele não ser totalmente puro, mostra, ainda que suavizada, as características desta casta; e no terceiro caso, chamar de corte ou assemblage, pois trata-se de um vinho híbrido elaborado a partir de duas ou mais variedades de uva e que têm características de todas as uvas que o compõem.

O vinho branco pode ser feito tanto a partir de uvas brancas como de variedades tintas, pois por dentro todas as uvas são brancas. O vinho tinto só pode ser elaborado com a participação de uvas tintas, pois a cor é dada pelo contato com os pigmentos da cascas destas uvas. Cada variedade de uva tem características próprias e singulares que fazem com que o vinho feito a partir de uma delas tenha determinadas características, o que se chama tipicidade da casta. No próximo texto iremos esclarecer melhor a tipicidade das uvas e de seus vinhos e recolocar a antiga querela entre tintos e brancos. Até breve.

segunda-feira, junho 17, 2002


Se consultarmos em um dicionário o verbete vinho, encontraremos, como definição principal, o seguinte texto: bebida alcoólica de amplo consumo, resultante da fermentação total ou parcial do mosto da uva, e produzida, atualmente, por aperfeiçoados processos tecnológicos. Esta definição, ainda que genérica, é correta e servirá como eixo para desenvolvermos uma nota introdutória ao tema.

O vinho é uma bebida; até aqui está tudo muito claro, ainda que possamos destiná-lo a outros usos como tempero ou mesmo como ingrediente de uma sobremesa, beber é o principal uso para este interessante líquido. O fato do vinho ser uma bebida alcoólica deve-se a um processo de fermentação no qual os açucares da fruta, a uva, são transformados em álcool.

Ou seja, esmagando as uvas teremos um suco também chamado mosto, que por um processo natural torna-se um líquido parecido com vinho. Hoje existem vários tipos de substâncias (leveduras ou fermentos) para acelerar e melhorar este processo de fermentação. A ação destes fermentos, além de transformar o açúcar natural contido no mosto da uva em álcool, libera monóxido de carbono e gera calor. O vinho é elaborado a partir do mosto da uva, isto quer dizer que esta bebida provém diretamente de uma fruta, a uva. Este detalhe, aparentemente óbvio, traz conseqüências importantíssimas no aprofundamento do assunto.

Se pensarmos no suco de uma fruta qualquer, como manga, por exemplo, todos sabemos que: a) o suco traz todas as características da fruta, caso seja manga-espada ou manga-rosa o suco também será bem diferente; b) se a fruta provém da região do Nordeste do Brasil ou do Sul, também teremos características de solo, clima, incidência solar bem diferentes que influirão no sabor da fruta e conseqüentemente do suco; c) dependendo da forma que se faz o suco, da água utilizada, ou mesmo se se faz com leite, açúcar, mel, etc. Tudo isto estará presente na hora que formos experimentar, ou melhor, degustar o suco.

De forma análoga, para conhecermos o vinho é fundamental sabermos: a) qual o tipo uva presente na sua composição, pois, por exemplo, as características de uma Merlot são bem diferentes das de uma Tannat, a uva branca Chardonnay é mais suave que a Sauvignon Blanc, e por aí vai; b) dois vinhos obtidos a partir de uma mesma uva, por exemplo Cabernet Sauvignon, são muito diferentes se um foi elaborado com uvas francesas e o outro com uvas sul-africanas, pois provém de terrenos, climas, altitudes e meridianos bem diversos; por último, c) a forma de fazer vinho de cada povo, cultura ou até de uma aldeia é diversa da outra, assim sendo, resultará em bebidas bem distintas, se dermos aos brasileiros e neo-Zelandezes as mesmas uvas Pinot Noir, eles processarão esta uvas de maneira diferente, resultando em produtos bem distintos.

Assim, devemos sempre observar estas informações nos rótulos dos vinhos experimentados: a) o nome ou os nomes das uvas que o compõem; b) região de proveniência e c) país de origem. Para a partir delas começarmos a escolher as uvas que mais nos agradam, as regiões com suas misturas de uvas e modos de vinificação singulares e os países que mais gostamos. Lembremos, mais uma vez, que todo o conhecimento acerca dos vinhos devem ser testados e checados na degustação da garrafa que está na sua frente. Boas descobertas!

Os Taninos do Vinho
A composição química do vinho é muito complexa, muitos compostos são formados a partir da fermentação dos mostos, ou então, são oriundos da própria uva. Desta maneira, a pesquisa desta bebida tão apreciada no mundo todo, vem evoluindo cada vez mais e demonstra a enorme quantidade de compostos que formam o vinho.

Um destes compostos é o tanino. Os taninos são oriundos da uva em seu estado natural, sendo assim, estão presentes em todos os vinhos, porém mais em tintos que em brancos. São compostos de peso molecular elevado e grande molécula, são extraídos da casca da uva durante a permanência do mosto com as cascas das uvas.

Os taninos possuem um sabor adstringente, característica principal destes compostos, ajudam a estabilizar a coloração dos vinhos tintos e com o envelhecimento do vinho estes vão perdendo esta adstringência inicial.

Estes compostos conferem “corpo” ao vinho, dando-lhes a capacidade de serem envelhecidos. Para que um vinho seja envelhecido, deve-se começar tudo desde a colheita da uva, escolhendo as melhores uvas e depois extraindo o máximo de taninos e cor durante a vinificação. Para envelhecer, um vinho deve possuir um bom corpo, ou seja, altas doses de taninos, grandes quantidades de matéria corante e uma graduação alcoólica elevada (11 a 12 % vol).

Sendo assim, os taninos representam muito na hora de se elaborar um vinho, é a partir deles que o enólogo pode dizer se o vinho pode ou não envelhecer. Os taninos podem indicar também, a idade de um vinho, pois se a adstringência for grande, isso quer dizer que se trata de um vinho tinto jovem, caso contrário, se trata de um vinho mais envelhecido.

domingo, junho 16, 2002

VINHOS LICOROSOS OU FORTIFICADOS

São vinhos que possuem um alto teor alcoólico e que, geralmente, são doces. Podem ser brancos ou tintos, dependendo do país ou região em que são elaborados. Pela legislação brasileira, “vinho licoroso”, é o vinho doce ou seco, com graduação alcoólica de 14 °GL a 18 °GL, adicionado ou não de álcool etílico potável (serve para aumentar o teor alcoólico), mosto concentrado (como é rico em açúcar, serve para adoçar o vinho), caramelo (usado como corante) e sacarose (que é o açúcar de cana).

Estes vinhos levam o nome de fortificados, por seu processo de produção. São elaborados a partir de mostos em fermentação, ao qual é adicionado álcool vínico, que é o álcool concentrado obtido pela destilação do vinho. De maneira geral, álcool vínico, é um produto com graduação alcoólica de 80 °GL a 90 °GL.

Sendo assim, a fermentação pára pela presença do álcool e, conseqüentemente, uma alta dose de açúcar residual fica dissolvida no futuro vinho. O processo de parada de fermentação com álcool é chamado de fortificação. Estes vinhos podem ser incluídos na categoria de vinhos de sobremesa, os Dessert Wines, os quais são doces e alcoólicos, desejados para o acompanhamento de sobremesas.

Os vinhos fortificados possuem maiores representantes nos países europeus, onde são muito apreciados, e levam nomes característicos, tais como: Porto (Portugal), Jerez - Xerez - Sherry (Espanha), Marsala (Itália), Málaga (Espanha), Tokay (Hungria), Madeira (Ilha da Madeira em Portugal), etc...

PORTO

São vinhos ricos em álcool e açúcar, procedentes da região do rio Douro em Portugal. Existem vinhos ditos “Tipo Porto”, que são elaborados com o mesmo processo de elaboração porém fora de Portugal, como é o caso do Brasil.

Podem ser divididos em extra-secos (principalmente os brancos), semi-secos, e doces (principalmente os tintos), possuem de 17 °GL a 22 °GL de álcool. Podem ser divididos em três principais estilos diferentes, que são diferenciados entre si por seu tempo de envelhecimento e características sensoriais.

Porto Rubi - apresenta coloração vermelho brilhante, é um vinho jovem e muito frutado;
Porto Tawny - apresenta coloração vermelho atijolado, quase opaco, aroma varietal da uva quase inexistente, devido ao longo período de envelhecimento em barris de carvalho da Iugoslávia. O envelhecimento varia muito conforme o produtor, porém varia de 4 a 6 anos;

Porto Vintage - apresenta coloração vermelho amarronado, bem atijolado, é produzido em quantidades limitadas somente nas melhores safras. É envelhecido por 2 anos em barris de carvalho e depois fica por vários anos envelhecendo na garrafa, cerca de 20 anos.

Ao prensarem as uvas, procede-se com a fermentação alcoólica, quando se obtem de 6 a 8% de álcool, é adicionado álcool vínico para que uma boa quantidade de açúcar fique presente no vinho. As variedades de uvas mais utilizadas são a Touriga Nacional e a Tinta Cão, variedades locais da região, usadas por originarem um vinho com boa coloração.

JEREZ

São vinhos licorosos elaborados na Denominação de Origem espanhola de Jerez - Xerez - Sherry, nas cidades de Jerez de la Frontera e Sanlúcar de Barrameda, nesta última, onde estes vinhos recebem o nome de Manzanilla. Na sua maioria são secos e de grande viscosidade, muito apreciados como aperitivos.

O solo típico da zona, “Tierra de Albarizas” retém muito a água e é rico em argilas, o clima é seco e semi-árido, o que propicia uma boa maturação das uvas. Utilizam variedades como a Palomino Fino e a Pedro Ximenez.

Pode-se elaborar três tipos de Jerez:
Fino - pouco corados (amarelo claro), secos e com um aroma de avelãs e um pouco de carvalho. Os aromas e gostos são desenvolvidos com o envelhecimento com as leveduras de flor.
Amontillados - vinhos tipo Fino que são envelhecidos por muito tempo, são mais escuros (marrom claro), são secos e apresentam mais conteúdo em álcool que o Fino.
Olorosos - apresentam cor âmbar, 18 a 20% em álcool e geralmente são doces. São elaborados pelo envelhecimento prolongado sem as leveduras de flor, devido ao seu conteúdo em álcool.
Os vinhos de Jerez são deliberadamente oxidados, porém de forma controlada para manterem aromas e sabores característicos. São fortificados com álcool vínico para impedirem o desenvolvimento de bactérias.
Para obter estes vinhos, deve-se partir de um vinho branco fermentado em condições normais em tanques de aço inoxidável. Os vinhos destinados a Fino, são fortificados com álcool vínico elevando sua graduação alcoólica para 15 a 15,5 % e são colocados em barris, chamados de “botas”, deixando-se um espaço vazio nos mesmos. Com o passar do tempo se desenvolvem na superfície do vinho uma camada de leveduras de aspecto esbranquiçado, chamada de véu ou flor, que causa um envelhecimento biológico do vinho. As leveduras de flor utilizam o oxigênio e desprendem gás carbônico, deixando o vinho pálido na sua coloração e dão sabor e aroma característicos.

TOKAY

É um vinho licoroso branco e doce, elaborado na Hungria através de uvas botritizadas. As uvas são mantidas por mais tempo no vinhedo, propiciando o ataque de um fungo, o Botrytis cinerea, que ataca as bagas das uvas desidratando-as e conseqüentemente, concentrando o açúcar das mesmas. Este tipo de podridão é chamada de “podridão nobre”, porém nem todos os anos o botrytis aparece.
Este vinho atingiu seu auge no século XVIII, quando era considerado o melhor vinho do mundo, somente era conhecido pelos nobres da época. São utilizadas variedades como Furmit, Hárslevelü e a Muscat a Petit Grains (bem aromática).

A elaboração deste vinho é longa e envolve várias etapas. Tudo começa na poda das videiras, que deve ser bem severa para que o fungo se desenvolva. As uvas que são atacadas se separam das uvas sãs, estas últimas são vinificadas normalmente para serem utilizadas como vinho base, com alto teor alcoólico e boa acidez.
As uvas que são atacadas pelo fungo são prensadas formam uma pasta que é colocada em pequenos barris de 20 a 25 L, chamados de puttonyos. A pasta fica macerando de 24 a 36 horas que será adicionada ao vinho base. Quanto maior o número de puttonyos adicionado, melhor e mais fino será o Tokay Aszú. O Tokay Szamorodni é de menor qualidade, sem o acréscimo da pasta de uvas botritizadas.

MARSALA

É um vinho licoroso de graduação alcoólica de 15 a 18%. Como tantos vinhos enriquecidos, o Marsala nasceu por meio da cooperação dos ingleses com outros povos.
O processo de produção do Marsala emprega suco de uva aquecido, e o produto final tem sabor de açúcar queimado. Há um tipo de Marsala razoavelmente seco que pode servir de aperitivo, mas o tipo tradicional é o mais apreciado pelos amantes dos vinhos escuros e doces. Uma espécie de licor de Marsala, que é feita com gema de ovo e outros aromatizantes. O vinho é ainda o ingrediente fundamental de uma clássica sobremesa italiana, o Zabaione.

MADEIRA

Tipo de vinho licoroso da ilha de mesmo nome, localizada no Oceano Atlântico, na altura da costa do Marrocos. O Madeira é misturado com brandy (conhaque) e, posteriormente, mantido por quatro ou cinco meses a uma temperatura de cerca de 48ºC, geralmente é mantido sob o sol para manter esta temperatura. Este processo transforma o vinho ácido e rude produzido na ilha em um produto muito bom e de grande personalidade, com um ligeiro sabor de açúcar queimado.
Para a elaboração destes vinhos são utilizadas variedades de uva da ilha, tais como: Sercial, Verdelho, Boal, Malvasia, Tinta Negra Mole. Com exceção da Tinta Negra Mole, as demais são brancas.
Existem quatro tipos de Madeira:
Sercial - geralmente tomado como aperitivo, é semelhante a um Jerez, seco e fino, com sabor mais acentuado.
Verdelho - tomado como aperitivo ou digestivo, e tem um toque de mel e um gostinho enfumaçado.
Bual. - Bom para acompanhar sobremesas. Escuro, suave e perfumado, próprio para ser apreciado após as refeições. Ainda que a ilha da Madeira seja historicamente ligada a Portugal, foi na Inglaterra e nos Estados Unidos que ele criou fama.
De qualquer modo, o Madeira continua sendo um ingrediente importante na culinária francesa e é muito popular no norte da Europa.

sexta-feira, junho 14, 2002

Cabernet de chocolate
De banana a sela molhada, existem mais de 50 aromas no vinho, bebida que fascina cada vez mais os brasileiros.

Você conhece o cheiro da flor de acácia, do mirtilo e de feno cortado? Sabe diferenciar o aroma da maçã golden do da maçã raineta? Já percebeu, num cálice de vinho, sabor de chocolate, funghi, trufas ou pele de salame? Acha pedante quando o sujeito da mesa ao lado, após um rápido bochecho, põe-se a dizer que aquele vinho é fraco no nariz e lembra verniz, resina e álcool? Pois saiba que há lógica no misterioso mundo dos vinhos - ainda que só os enólogos mais experientes consigam decifrá-la por inteiro.

Os degustadores mais aficionados chegam a encontrar petróleo, esterco, sela suada, casca de pão e fósforo queimado no sabor de bons (?) vinhos. Exageros à parte, a arte de degustar é quase uma ciência - inexata, é bom que se diga. Vai aqui uma explicação básica sobre como funcionam cabeças e narizes dos enólogos. Os aromas dividem-se em três categorias: primários, secundários e terciários. Os primários, ou varietais, vêm diretamente da uva usada para fabricar o vinho. A super-aromática Gewürztraminer, por exemplo, que apesar do nome alemão é originária do norte da Itália, lembra lichia (aquela frutinha chinesa, vermelha por fora, branca por dentro), especiarias e rosas. Já a Syraz, muito disseminada na Austrália e África do Sul, é a uva campeã em sabores exóticos: carne defumada, pimentão assado, alcatrão e, pasmem, até borracha queimada costumam ser identificados pelos apreciadores.

Os aromas secundários brotam na fermentação, fruto das milhares de substâncias químicas geradas ao longo do processo. Como essas substâncias estão presentes em outras frutas, a fermentação empresta um pouco do sabor delas ao vinho. É o caso da isoamila, normalmente presente na banana e responsável por imprimir o aroma da fruta nos Beaujolais. É também na fermentação que os vinhos tintos ganham sabor de ameixa e frutas do bosque (como framboesa, amora e mirtilo) e os brancos explodem em abacaxi e pêssego.

Por fim, já na fase de envelhecimento na garrafa, é que aparecem os sabores terciários. Resultado da ausência de oxigênio no recipiente, são os mais bizarros da leva: de couro e pelica a caças variadas. São esses aromas, que surgem em decorrência do envelhecimento, que chamamos de buquê. ''Para evitar gafes, nunca se deve dizer que um vinho de 1999 tem buquê de frutas do bosque, uma vez que ele ainda não envelheceu o suficiente para isso. O que ele tem é aroma'', ensina Célio Alzer, sommelier e professor da Associação Brasileira de Degustadores.

Ninguém sabe dizer ao certo quantos sabores de vinho já foram catalogados até hoje. Os números variam dos 54 descritos no Le Nez du Vin (O Nariz do Vinho em francês, uma espécie de bíblia dos enólogos) aos quase 80 de publicações menos ortodoxas. Exagero? Mesmo alguns especialistas concordam que sim. ''Esse preciosismo todo é uma grande bobagem. Qual o gosto de sela molhada? Alguém já comeu couro pra saber? Daqui a pouco vai ter gente dizendo que os vinhos da África do Sul têm aroma de rabo de macaco'', diz Ronald Cavalieri, diretor do Garcia & Rodrigues e coordenador da área de vinhos do restaurante. ''Acho maravilhoso haver cada vez mais gente apreciando vinhos. O que me incomoda é a banalização da degustação. A pessoa esquece o prazer onírico do vinho para se preocupar em dizer com exatidão que gosto tem''.

De fato, antes de sair dando palpites a torto e a direito sobre que gosto tem um Cabernet Sauvignon 1974 ou um Chardonay 1995, é bom aprender alguns truques para decifrar o vocabulário para lá de preciosista dos degustadores. Nunca estranhe, por exemplo, quando alguém disser após sorver um gole de espumante que consegue detectar limão no nariz. Os aficionados apelidaram de nariz o aroma do vinho e o termo está estampado em livros, revistas especializadas e qualquer catálogo de wine store digno do nome. Outra dica: nunca, em hipótese nenhuma, diga que vinho tem gosto. Prefira sabor ou, ainda melhor, palato: ''Encontrei carvalho no palato'' é a terminologia adequada. Também risque do dicionário palavras como cheiro e odor - os degustadores profissionais execram essas expressões porque as consideram associadas a sensações olfativas desagradáveis. Aroma ou, se quiser ser mais ousado, nariz são opções mais acertadas.

Também não hesite em mover o vinho por toda a boca (fazer um bochecho discreto em bom português) antes de emitir sua opinião sobre o palato da bebida. Como cada parte da língua é responsável pela percepção de determinada sensação - a doçura é mais intensamente percebida na parte anterior da língua, a acidez, nas laterais e o amargor, na parte posterior - só com o bochecho é possível atingir todos os pontos sem deixar escapar nada. Se estiver participando de uma degustação com mais de um vinho, não se assuste quando o comensal ao lado começar a cheirar água, um pedaço de pão ou a manga da camisa entre um gole e outro. Esses truques ajudam a revitalizar o nariz mais rapidamente e são praxe entre degustadores. Com tudo isso em mente, você está apto a iniciar a incursão pelo fascinante mundo dos aromas e sabores do vinho. E não tenha medo de errar. Se você disser que o vinho cheira a feno cortado ou morangos silvestres, quem poderá provar o contrário?



Vinhos da Nova Zelândia
Também na Oceania, a 1500 milhas a leste-sudeste da Austrália, está a Nova Zelândia, com sua população oriunda da Polinésia, formada pelos maoris, que significa normais, e por isso se diferenciavam dos europeus, que chegaram a seu continente depois de1830.

O país é formado por duas grandes ilhas, a do norte e a do sul. Tem uma população de 3,5 milhões de habitantes, sendo 85% européia. Um dos maiores criadores de ovelhas do mundo (55 milhões, 16 por habitante), tem agora na produção de vinhos uma grande fonte de divisas. A sua topografia é acidentada, e na ilha do sul, que é a maior, se localizam os Alpes Meridionais, com picos gelados com alturas superiores a três mil metros.

A sua indústria vinícola também se desenvolveu nos últimos 20 anos, embora o primeiro plantio, na ilha do norte, tenha sido feito pelo missionário anglicano Samuel Marsden, em1819. Depois vieram padres católicos trazendo uvas francesas, pois era necessário fazer o vinho para os rituais religiosos. A Nova Zelândia, bem como a Austrália, sofreram os efeitos da filoxera, terrível praga que dizimou quase a totalidade dos vinhedos da Europa, isso por volta de1895. Em 1918, foi promulgada a Lei Seca, que restringiu muito o consumo, fazendo com que na década de 30 a área plantada se restringisse a tão somente 80 hectares.

Com a adoção pelo governo, em 85/86, de um programa de incentivo para a plantação de castas nobres, pagando US$ 3.300 por hectare de vinhedos pobres arrancado, se conseguiu implantar as castas Sauvignon Blanc, Chardonay, Pinot Noir e Cabernet Sauvignon, uvas reconhecidas mundialmente, e através das mais modernas técnicas, passou-se a produzir vinhos de primeiríssima qualidade.

Qualidade se espalha de norte a sul do país

As principais regiões produtoras da ilha sul são Malborough, Nelson, Otago e Canterbury. Na ilha norte, Hawke's Bay, Aukland / Northland e Wairarapa (Martinborough).

Os famosos Sauvignon Blanc, de Malborough, têm um bouquet intensamente frutado (goiaba, maracujá, cítricos), com elevado teor alcoólico e boa acidez, que lhe garante frescor e vivacidade

Hawk's Bay produz grandes tintos no estilo Bordeaux (região famosa da França), bem como bons Syrah.

Enfim, vale a pena experimentar vinhos desse país, que tem merecido muitos elogios, com boas classificações nas publicações especializadas.

quinta-feira, junho 13, 2002

Austrália e Nova Zelândia,
grande transformação na produção de vinho!


Bastaram vinte anos para chegarem ao top dos produtores mundiais.
Austrália, esse país novo, de grande extensão e com tantas características semelhantes ao nosso Brasil, é hoje um dos mais conceituados produtores de bons vinhos no mundo, com premiações internacionais em disputa com vinhos de países tradicionais, como França, Itália e Portugal.

Situada entre os oceanos Pacífico e Índico, na Oceania, a Austrália tem basicamente dois padrões climáticos, um de influência marítima tropical e o outro temperado para frio, encontrado nos altos vales, que também sofre a influência das brisas marítimas. Nessa segunda região, que abrange as localidades de Hunter Valley, Coonawarra, Adelaide Hills, Yarra Valley e Margaret River, estão as melhores vinícolas.

O solo na Austrália tem uma característica muito diferente e particular, sua superfície é arenosa e seu subsolo, argiloso.

Foi o capitão Arthur Phillip, primeiro governador da Austrália que, em 1788, trouxe a primeira videira e a plantou em Farm Cove, onde hoje está o Jardim Botânico de Sidney. Mais tarde, em 1820, pastores luteranos imigrantes vindos da Europa introduziram as cepas européias que traziam .

Entre 1900 e 1950, a Austrália produzia vinhos doces e de baixa qualidade, começando a melhorar suas técnicas a partir dos anos 50, com a vinda de grandes empresas para a região de Conawarra, que embora distante 450 quilômetros de Melbourne e Adelaide, capital do país, tem a famosa terra rosa, uma terra de cor avermelhada pela oxidação de resíduos de ferro. Essa gleba com o formato de um grande charuto mede 15 quilômetros de comprimento por dois quilômetros de largura, onde são produzidos os melhores vinhos da Austrália.

A partir de 1970 começa o grande desenvolvimento tecnológico, com o uso de leveduras selecionadas, de modernos tanques de aço inox e com a introdução do uso das barricas de carvalho (de origem francesa e americana) na maturação do vinho, elementos que dão um sabor muito especial à bebida.

Essa mudança para melhor nos lembra a Califórnia, onde também se produzia vinhos de baixa qualidade, embalados em garrafões com tampa de rosca, a exemplo da Austrália, onde os vinhos populares são vendidos em caixas de papelão tipo embalagem de leite, lá conhecidas como bag in the box .

Hoje a grande maioria das uvas plantadas são castas nobres européias, particularmente Shiraz (versão australiana da francesa Syrah), Cabernet Sauvignon e Chardonay.

Embora no país existam cerca de 800 vinícolas, o mercado é controlado por apenas quatro grandes companhias, detentoras de 80% da produção. A Austrália é o nono país em produção no mundo, porém com um volume que representa apenas 2% do total.

Os vinhos australianos têm uma excelente relação custo- benefício e por isso têm muito boa aceitação, obedecendo hoje a uma série de regras quanto à qualidade. Esse desenvolvimento tecnológico rápido, vinte anos, demonstra que também no Brasil podemos ter esperanças em relação ao futuro.

quarta-feira, junho 12, 2002


COMO MELHOR APROVEITAR SEU VINHO
• Vinhos velhos, com 15 anos ou mais, formam sedimentos. Por isso, antes de servir, deixe a bebida descansar por 30 minutos na posição vertical. As partículas irão para o fundo. Depois, com cuidado, passe o líquido para um decantador
• Ao servir, preencha apenas 1/3 da taça, que deve ser de vidro fino, transparente e de bojo grande. Assim o vinho libera seus aromas e sabores, que lembram especiarias, flores, frutas e até chocolate
• Guarde a garrafa deitada, para que o líquido permaneça em contato com a rolha. Isso impede que ela se resseque e encolha, abrindo espaço para o ar, que pode provocar oxidação e interferir no gosto
• Cheire o vinho no copo antes de tomá-lo. Os aromas são uma das melhores virtudes da bebida. Por isso, dê uma leve sacudida, girando a taça antes de beber
• De maneira geral, espumantes devem ser saboreados a 8ºC. Brancos, entre 9 e 12ºC e tintos, de 14 a 18ºC. Não hesite em resfriar o vinho tinto por meia hora em balde de gelo ou geladeira se a temperatura ambiente for superior
• O vinho deve ser guardado a 16ºC. Se não for possível atingir exatamente esse grau, opte pelo lugar mais frio e arejado da casa (para evitar ataques de fungos à rolha) e com pouca variação de temperatura.
Texto : Casa Cláudia

O vinho tinto é produzido a partir das uvas roxas, mas o vinho branco nem sempre é produzido a partir de uvas brancas. Muitos vinhos brancos são produzidos com uvas roxas, mas sua casca é removida antes de terminar a fermentação do suco, chamado de mosto.

A casca das uvas contém a maior parte dos bioflanóides, fenóis, taninos e outros compostos que conferem ao vinho seu sabor e, possivelmente, suas propriedades benéficas para a saúde.

Quanto mais o mosto fica em contato com a casca das uvas, mais forte será a sua coloração. Alguns vinhos doces são feitos a partir de uvas bem maduras, a fim de obter sua consistência e doçura peculiares.

Uma taça contendo cerca de 120ml de vinho tinto contém aproximadamente 80 calorias , em comparação às 75 calorias de vinho branco e às 175 calorias de vinho doce.

Embora em pequenas quantidades, muitos vinhos contêm minerais; o vinho tinto, por exemplo, contém traços de ferro.
Fonte :Agência RBS

segunda-feira, junho 10, 2002


Benefícios para a saúde
No caso de pessoas idosas, a ingestão ocasional de uma taça de vinho pode ajudar a afastar o risco de osteoporose. Os pigmentos presentes no vinho, como as antocianinas e os taninos, podem proteger contra os vírus e inibir a formação da placa dentária. O consumo moderado pode contribuir para a diminuição do risco de doenças do coração e certos tipos de câncer. Além disso, o vinho ajuda a relaxar.


Malefícios para a saúde
O consumo excessivo pode levar ao alcoolismo, além de cirrose e outros distúrbios do fígado. Além disso, o consumo do álcool no início da gravidez pode provocar malformações congênitas no feto. A maioria dos vinhos contém sulfitos e outros conservantes que podem desencadear reações alérgicas em pessoas suscetíveis. O vinho, principalmente o tinto, costuma também causar enxaquecas.
Uma ou duas taças, consumido com moderação, o vinho costuma ser benéfico para a saúde, mas pode provocar efeitos adversos em algumas pessoas.
Fonte : Agência RBS

sábado, junho 08, 2002

É grande o número de adeptos da prática de consumir uma taça de vinho nas refeições. No verão, no entanto, apenas os mais persistentes mantêm o hábito. Os outros costumam render-se à cerveja gelada. Os defensores do vinho, porém, apresentam algumas razões para que essa prática seja modificada: o vinho não cria barriga, não é diurético, tem menos calorias, muito mais charme e, os brancos, podem ser servidos gelados. Bons argumentos.

Se foram convincentes e você é iniciante na arte de degustar vinhos, o primeiro passo é conhecer as características dos produtos que estão no mercado e escolher o que melhor se adapta ao seu paladar. Os conselhos dos experts podem ser muito úteis, mas não devem ser determinantes. Afinal, gosto não se discute. É claro que os maiores entendidos vão renegar os vinhos suaves, que costumam receber adição de açúcar, o que encobre os possíveis defeitos e mesmo as qualidades do produto. Não se preocupe, no entanto, se esse for o seu vinho preferido. A caminhada é sempre resultado de um passo depois do outro. Certamente, com o tempo e, depois de alguns litros bebidos, a preferência deve mudar. O mais importante é começar.

A uva Chardonnay é considerada a rainha das uvas brancas, responsável pela elaboração dos melhores vinhos franceses da Borgonha e também dos mais conceituados champanhas do mundo. Os vinhos produzidos com essas uvas servem tanto como aperitivo quanto como acompanhamento de refeições. Geralmente são secos, com aromas frutados (maçã verde, pêra, pêssego e abacaxi) ou de especiarias (noz-moscada e cravo) e têm uma boa combinação de acidez e corpo.
Fonte : Agência RBS

sexta-feira, junho 07, 2002

Os vinhos devem fazer uma parceria perfeita com os pratos para que ambos tenham as qualidades ressaltadas. Combinar vinhos com comida é um dos grandes temores de quem está se iniciando na arte da degustação. Mas não existem grandes mistérios.
Para os aperitivos, escolha os brancos secos ou espumantes brut. Os produtos com açúcar destróem o paladar e reduzem o apetite e a percepção sensorial.

Também exigem precaução os pratos condimentados e apimentados, os queijos muito velhos e saborosos e os patês.
Para acompanhar as refeições, os brancos, tintos ou rosados. Vai depender dos pratos servidos e do gosto do convidado.
Vale tomar espumantes do aperitivo até a sobremesa.

Sobremesas podem ser acompanhadas de espumante de demic-sec, doce ou brut, um Sauterne (vinho de sobremesa francês) ou um Asti (espumante tipo italiano). Os vinhos Riesling secos são muito versáteis e combinam com a maioria dos pratos, como aves, carne de porco, peixes frescos e embutidos.

Os frutos do mar e peixes, geralmente, pedem vinhos brancos. Os Chardonnay acompanham muito bem frutos do mar, carnes brancas, massas com molhos leves, scargots, frios, caviar, canapés, suflês e fondues. Anchova, bacalhau, sardinha, salmão e caças de penas pedem um vinho branco maduro de personalidade.

Queijos frescos, como frescal, ricota e requeijão, e mussarela combinam com os brancos jovens. Queijos roquefort e gorgonzola pedem vinhos tintos robustos, no máximo um branco doce, como o Sauternes.

Chocolate só combina com vinhos de sobremesa. Cuidado com o chocolate. O sabor forte domina e ofusca qualquer vinho.

Os queijos fortes pedem vinhos fortes (encorpados, de guarda). Os queijos suaves pedem vinhos leves.

Os vinhos digestivos podem ser secos ou adocicados, mas sempre servidos em pequenas quantidades.
Para fazer um brinde, nada supera os espumantes. No entanto, se for o homenageado não for dos maiores apreciadores de espumante, faça o brinde com vinho branco ou tinto. Afinal, o que vale é o prazer.

Se o convidado gostar de vinho suave, e você for daqueles experts que só conseguem tomar vinhos secos, faça um sacrifício e tome o suave. Ou, então, troque o convidado.

Os momentos românticos pedem um espumante. De preferência, acompanhado de morangos ou damascos. Muito chique.
Calcule uma média de 1/2 garrafa ou 2 1/2 taças por pessoa de cada vinho quando for servir 2 tipos de vinho. Ou 1 garrafa por pessoa, quando for apenas um tipo de vinho.
Fonte : Agência RBS

quinta-feira, junho 06, 2002

O vinho é um produto nobre. E, como tal, tem um serviço envolto em algumas regras de etiqueta. Essa nobreza e o desconhecimento das regras muitas vezes são motivos para que os menos conhecedores, temendo cometer gafes, acabem optando pela cerveja. Grandes gafes, no entanto, são raras de acontecer. Mesmo servir um vinho nobre em copo de vidro comum perde a importância quando o vinho é bom. É bem verdade, no entanto, que, observadas algumas regras, o consumidor poderá tirar melhor proveito do produto degustado. Por isso, não vale a pena deixar a neurose tomar conta. Se tiver copos de cristal, muito bem. Se não, vale servir de qualquer forma, desde que o vinho seja de boa qualidade. vinho ruim sim é uma gafe imperdoável e inesquecível, uma vez que a dor de cabeça pode quase se perpetuar.

Quanto Servir
Os brancos, tintos e rosés até 1/3 da taça

Os vinhos jovens podem ocupar metade da taça

Os espumantes podem preencher até 70% da taça

Os vinhos fortificados e generosos até 40%

Quanto mais antigo o vinho, menor a quantidade

Quantidades convenientes
Quanto vinho pode ser servido por pessoa:

1 taça de vinho ou espumante no aperitivo

1/2 garrafa durante a refeição

1 taça de vinho com os queijos

1 taça depois do jantar

Fonte : Agência RBS

quarta-feira, junho 05, 2002

Vinho & Paladar
O prazer de beber um bom vinho está relacionado ao paladar, mas a arte de degustá-lo é intimamente ligada ao conhecimento. Só a experiência permite a distinção entre sabores, aromas e cores. A recomendação é escolher o tipo de sua preferência e comparar marcas e safras diferentes. Com o tempo, certamente, você será capaz de selecionar o que mais o agrada. Algumas dicas podem auxiliar no início dessa deliciosa aventura.

Os vinhos brancos, com exceção dos vinhos de sobremesa (que são muito doces), variam de secos (sec), meio-secos (demi-sec) e meio-doces (suave). Os iniciantes na arte de tomar vinhos costumam optar pelos suaves.

Os açúcares presentes nos vinhos demi-sec e suaves no Brasil não são naturais, são adicionados antes do engarrafamento.

Os vinhos brancos podem ser cor de palha, amarelo esverdeado, dourado ou amarelo alaranjado. Nessas variações, apresentam intensidade pálida, média ou profunda.

Os vinhos brancos com coloração dourada em geral são menos secos do que os de cor mais clara. Mas a cor pode ser determinada pelo envelhecimento. Por esse motivo, o método não é infalível.

Os vinhos brancos baratos tendem a ser menos secos do que os mais caros.

Os Chardonnays geralmente são secos, e os Sauvignon Blancs, ainda mais secos.

Os vinhos elaborados com as uvas Malvasia de Candia costumam ser suaves.

O Sauvignon Blanc costuma apresentar mais acidez do que o Chardonnay, o que significa que seu sabor é mais nervoso e menos redondo.

O Chardonnay pode ter um aroma de pêssego, maçã madura, abacaxi ou frutas tropicais ou odor terroso, enquanto o Sauvignon Blanc tem um aroma de ervas, vegetação, fruta acre ou melão. O Riesling tem toque de pêssego e lima, e o Gewürtraminer é mais para o floral, lembra rosas e é exoticamente frutado.

O Chardonnay deve apresentar tons dourados, o Sauvignon Blanc e o Riesling têm coloração esverdeada, enquanto o Gewürtraminer tem matiz amarelada.

É um erro comum acreditar que quanto mais velho o vinho, melhor. Isso pode valer para alguns vinhos tintos, mas os brancos, em sua maioria, devem ser consumidos jovens e frescos. Os nacionais, principalmente, não aceitam envelhecimento, nem os verdes de Portugal ou os italianos Frascati. As exceções ficam por conta dos das regiões de Bordeaux ou Borgonha, na França, da Califórnia, nos Estados Unidos, e os australianos.

A qualidade não pode ser medida apenas pelo tipo de vinho e pela marca. O importante é considerar o tipo de sua preferência, a elaboração pela vinícola e a safra. Essa combinação é que determina a qualidade. A cada safra é elaborado um novo vinho.

As temperaturas muito frias, ao contrário do que se acredita, não são ideais para os vinhos brancos, porque ofuscam a sutileza do sabor do vinho. Os mais secos e encorpados, como os Chardonnay, devem ficar entre 10 e 12 graus, enquanto os mais frutados e ligeiros podem chegar aos 8 graus.

Não utilize o congelador ou o freezer para gelar o vinho branco rapidamente. A opção mais eficaz para gelar e conservar o vinho é o balde com gelo. Uma garrafa 8 min na água com gelo sofre uma redução de 5 graus na temperatura, o que corresponde a 1h na geladeira.
Texto: rbs news

É grande o número de adeptos da prática de consumir uma taça de vinho nas refeições. No verão, no entanto, apenas os mais persistentes mantêm o hábito. Os outros costumam render-se à cerveja gelada. Os defensores do vinho, porém, apresentam algumas razões para que essa prática seja modificada: o vinho não cria barriga, não é diurético, tem menos calorias, muito mais charme e, os brancos, podem ser servidos gelados. Bons argumentos.

Se foram convincentes, e você é iniciante na arte de degustar vinhos, o primeiro passo é conhecer as características dos produtos que estão no mercado e escolher o que melhor se adapta ao seu paladar. Os conselhos dos experts podem ser muito úteis, mas não devem ser determinantes. Afinal, gosto não se discute.

É claro que os maiores entendidos vão renegar os vinhos suaves, que costumam receber adição de açúcar, o que encobre os possíveis defeitos e mesmo as qualidades do produto. Não se preocupe, no entanto, se esse for o seu vinho preferido. A caminhada é sempre resultado de um passo depois do outro. Certamente, com o tempo e, depois de alguns litros bebidos, a preferência deve mudar. O mais importante é começar.

A uva Chardonnay é considerada a rainha das uvas brancas, responsável pela elaboração dos melhores vinhos franceses da Borgonha e também dos mais conceituados champanhas do mundo. Os vinhos produzidos com essas uvas servem tanto como aperitivo quanto como acompanhamento de refeições. Geralmente são secos, com aromas frutados (maçã verde, pêra, pêssego e abacaxi) ou de especiarias (noz-moscada e cravo) e têm uma boa combinação de acidez e corpo.
Texto: terranetwork.com.br

segunda-feira, junho 03, 2002

Lenda

Uma lenda grega atribui a descoberta da videira a um pastor, Estáfilo, que, ao procurar uma cabra perdida, a foi encontrar comendo parras. Colhendo os frutos dessa planta, até então desconhecida, levou-os ao seu patrão, Oinos, que deles extraiu um sumo cujo sabor melhorou com o tempo. Por isso, em grego, a videira designa-se por staphyle, e o vinho por oinos. A mitologia romana atribui a Saturno a introdução das primeiras videiras; na Península Ibérica, ela era imputada a Hércules.

Na Pérsia, a origem do vinho era também lendária: conta-se que um dia, quando o rei Djemchid se encontava refastelado à sombra da sua tenda, observando o treino dos seus archeiros, foi o seu olhar atraído por uma cena que se desenrolava próximo: uma grande ave contorcia-se envolvida por uma enorme serpente, que lentamente a sufocava. O rei deu imediatamente ordem a um archeiro para que atirasse. Um tiro certeiro fez penetrar a flecha na cabeça da serpente, sem que a ave fosse atingida.

Esta, liberta, voou até aos pés do soberano, e aí deixou cair umas sementes, que este mandou semear. Delas nasceu uma viçosa planta que deu frutos em abundância. O rei bebia freqüentemente o sumo desses frutos. Um dia, porém, achou-o amargo e mandou pô-lo de parte; alguns meses mais tarde, uma bela escrava, favorita do rei, encontrando-se possuída de fortes dores de cabeça, desejou morrer. Tendo descoberto o sumo posto de parte, e supondo-o venenoso, bebeu dele. Dormiu ( o que não conseguia havia muitas noites ) e acordou curada e feliz. A nova chegou aos ouvidos do rei, que promoveu o vinho à categoria de bebida do seu povo, batizando-o Darou-é-Shah ( « o remédio do rei » ).

Quando Cambises, descendente de Djemchid, fundou Persépolis, os viticultores plantaram vinhas em redor da cidade, as quais deram origem ao célebre vinho de Shiraz.

A vinha era objecto de enormes cuidados, e o mosto fermentava em grandes recipientes de 160 litros, os guarabares. Foi este vinho que ajudou a dar coragem aos soldados de Cambises na conquista do fabuloso Egito!

domingo, junho 02, 2002

A ORIGEM DO BAR

O bar deve o seu nome à palavra "barra". No século XVIII, em França, as tavernas tinham uma barra a todo comprimento do balcão para evitar que os clientes se encostassem demasiado ao mesmo.

Já nessa época era freqüente a presença de jovens americanos em França, escolhiam este país para realizarem os seus estudos.

Alguns destes jovens tornaram-se assíduos freqüentadores das tavernas. Dois desses estudantes americanos ao regressarem ao seu país, inauguraram um estabelecimento de bebidas a copo, que como novidade apresentava uma barra ao longo do balcão, idêntica às que existiam em França. Rapidamente esse estabelecimento foi considerado o melhor.

E assim, a palavra "barra", com o decorrer dos tempos, se transformou no simples termo "bar". No entanto, outros estudos dizem-nos que na América, nos finais do século XVII, nas cidades dos fundadores (Boston, Filadélfia, Nova Iorque) existiam estabelecimentos comerciais, uma espécie de loandas, onde se vendiam, para além de mercadorias, também bebidas. Essa venda fazia-se ao balcão da loja que se reduzia, por vezes, a um armário com grade. A esse armário dava-se o nome de "barreira"; daí a origem da palavra universal BAR.

Seja qual for a origem da palavra "bar", a verdade é que nos nossos dias o bar se tornou um local de convívio importante. Foi tão notável a evolução desses estabelecimentos que vários hotéis decidiram integrá-los como mais uma das suas seções. Hoje é o local da eleição para se efetuarem grandes transações, acordos políticos, ou simplesmente para momentos de lazer e convívio.
Texto : polvo.pt

sábado, junho 01, 2002

A HISTÓRIA DO VINHO DE MARSALA

Mótya, a ilha misteriosa em frente a Marsala, era um importante posto fenício de trocas. No século VIII antes de Cristo, seus habitantes já produziam um vinho bem forte, o qual costumavam usar como uma valiosa mercadoria. Os gregos destruíram Mótya em 397 antes de Cristo, e os cartagineses fundaram, posteriormente, Lilibacum ( a Marsala de hoje ) na costa, em frente à ilha. Lilibacum foi atacada por Pirro e pelos romanos, pois era considerada o principal local de trocas entre a Sicília e a África. Anos depois, os romanos foram substituídos pelos árabes que, por sua vez, deram seu lugar aos normandos. Apesar de ter sido conquistada por tantos povos, a cidade continuou a existir. Seu nome atual deriva da palavra árabe Marsah-el-Allah, que significa "Portão de Deus".

Muito do sucesso do vinho fino proveniente da cidade se deve aos estrangeiros, no caso, aos britânicos. Depois de produzir e comercializar o Porto, o Madeira e o sherry de Jerez, os ingleses chegaram a Marsala, em 1773. Lá, eles provaram o forte vinho produzido no local. Aplicando as mesmas técnicas de produção usadas em outros vinhos fortes que já haviam comercializado, lançaram no mercado a nova bebida. Foi a partir daí que Marsala embarcou em sua aventura pelo mundo afora.

Em l880, Paolo Pelllegrino, um vinicultor conceituado e público, fundou um estabelecimento vinícola. Um novo rótulo para o vinho de Marsala foi então criado - o vinho Pellegrino. Quando Paolo morreu, seu filho Carlo, também um notável vinicultor e fazendeiro, assumiu a firma com o auxílio da esposa Josephine Despagne, uma nobre francesa pertencente a uma família de vinicultores tradicionais.

Com décadas de experiência em vinhos, a família Pellegrino começou a produzi-los e comercializa-los diretamente . O sucesso foi imediato. Desde então, a companhia tem sido líder de mercado, exportando o vinho de Marsala para todo o mundo e assumindo um importante papel na economia local. A administração notória de Paolo Pellegrino, filho de Carlo e Josephina, em parceria com seu irmão adotivo Vincenzo Alagna, fez crescer o nome da companhia em outros mercados do mundo. As vinhas da família Pellegrino estendem-se por mais de 400 hectares e são a expressão tangível da ligação de uma família com o solo generoso da Sicília.

Pellegrino produz as seguintes variedades de Marsala, classificados de acordo com a preparação e as técnicas, essenciais para assegurar a maturação do vinho, pela alta qualidade dos barris de carvalho: Marsala Fine - com maturação de aproximadamente um ano. Produz os vinhos "Marsala Demi-sec" e "Marsala Ruby"; Marsala Superiore - com maturação de pelo menos dois anos. Produz o "Marsala Oro", "Marsala Superiore Secco" e "Marsala Garibaldo Dolce"; Marsala Vergine - com maturação de, no mínimo, cinco anos. Produz o "Marsala Vergine Soleras"; e por fim, o Marsala Extra-Vergine - com maturação acima de dez anos. Produz o "Marsala Vintage 1962".

Como todas as outras lendas da Sicília, Marsala perde-se na névoa do tempo. A área possui um clima morno e úmido, com pouca chuva. É constantemente invadida por ventos quentes provenientes do Saara e por correntes úmidas do Golfo de Leone. As antigas vinhas administradas pelos Pellegrino foram, aos poucos, expandindo-se morro acima. Atualmente, é nessa região que as melhores uvas para os mais finos produtos provenientes do vinho são produzidas.

A baixa quantidade de chuvas durante o ano facilita o desenvolvimento de criptogramas. O uso de tratamento químico é, portanto, reduzido ao mínimo. Todo o vinho produzido na área pode ser tido com um produto ecológico. Marsala é produzido com as uvas brancas de Catarrato, Grillo e Inzólla. O Marsala "Ruby", com as uvas Pignatello e d'Avola.

A família Pellegrino tem misturado, ao longo do tempo, tradição e tecnologia, obtendo os melhores resultados, com a melhor qualidade. Seus administradores e amarzenadores assimilaram a filosofia, e sua habilidade, eles carregam ao longo dos anos, passando-a de uma geração para outra. A companhia é estruturada de acordo com os mais avançados métodos de produção.

O vinho ou o brandy é adicionado na checagem da fermentação do mosto, sempre com o objetivo de se deixar uma quantidade variável de açúcar residual, de acordo com o grau ( de doce para semi-seco ). No caso do Marsala Seco, uma quantidade de álcool é adicionada ao vinho quando a fermentação chega ao fim. No Marsala Ambra, mais mosto é adicionado para criar a característica, a cor e o sabor tradicionais.

Marsala é envelhecido exclusivamente em barris de carvalho, os quais, de acordo com sua origem, contribuem para o seu buquê especial. Marsala pode ser apreciado nas mais diversas ocasiões. É um dos produtos italianos mais populares em todo o mundo. A aventura de Marsala Pellegrino, que se iniciou em 1880, continua ao redor do mundo. Onde quer que haja discernimento e prazer de viver, um Marsala Pellegrino estará sempre presente.
Texto : ABS.com.br