Com o mercado de vinhos cada vez maior, é natural que o comércio se equipe com uma maior oferta de rótulos como também de embalagens. Hoje, já temos restaurantes oferecendo "meias garrafas", as de 375 ml, para quem está bebendo um tipo de vinho enquanto seu parceiro bebe outro, ou para aqueles que estão bebendo sozinhos. Em muitos países já existem embalagens de papelão, as tetrapack, exatamente como as de leite e sucos. Temos a meia garrafa, a garrafa de uma dose, a de 1 litro e meio e até a de 20 litros. Vamos conhecê-las um pouco mais.
De sacos de pele de carneiro, a jarros de barro ou cerâmica (as ânforas da antiguidade), barris de madeira, até às nossas conhecidas garrafas de vidro, as embalagens de vinho vêm evoluindo por pelo menos mil anos. O crédito pela invenção do vidro "soprado", que resultou em pratos, vasos e, finalmente, em garrafas, é dos romanos. Mas o vidro permaneceu como um luxo por muitos séculos.
Em 1821, uma empresa inglesa patenteou uma máquina para moldar garrafas, conseguindo uniformizar seu formato e tamanho. As garrafas de 1600 até 1821 tinham formatos muito próximos de um globo, de uma cebola, muito difíceis de guardar, a não ser na horizontal. As formas variavam de fabricante para fabricante. Suas cores também, do verde oliva ao castanho escuro.
Veja na ilustração a evolução das garrafas, de 1600 até 1820. O desenho número 11 mostra a primeira tentativa em direção à nossa moderna garrafa de vinho. O de número 13 é uma garrafa feita de três partes soldadas A partir desse momento, tivemos as garrafas de apenas duas partes soldadas, onde só a parte do gargalo era aplicada. A garrafa inteira, moldada, começou a ser feita em 1821.
De sacos de pele de carneiro, a jarros de barro ou cerâmica (as ânforas da antiguidade), barris de madeira, até às nossas conhecidas garrafas de vidro, as embalagens de vinho vêm evoluindo por pelo menos mil anos. O crédito pela invenção do vidro "soprado", que resultou em pratos, vasos e, finalmente, em garrafas, é dos romanos. Mas o vidro permaneceu como um luxo por muitos séculos.
Em 1821, uma empresa inglesa patenteou uma máquina para moldar garrafas, conseguindo uniformizar seu formato e tamanho. As garrafas de 1600 até 1821 tinham formatos muito próximos de um globo, de uma cebola, muito difíceis de guardar, a não ser na horizontal. As formas variavam de fabricante para fabricante. Suas cores também, do verde oliva ao castanho escuro.
Veja na ilustração a evolução das garrafas, de 1600 até 1820. O desenho número 11 mostra a primeira tentativa em direção à nossa moderna garrafa de vinho. O de número 13 é uma garrafa feita de três partes soldadas A partir desse momento, tivemos as garrafas de apenas duas partes soldadas, onde só a parte do gargalo era aplicada. A garrafa inteira, moldada, começou a ser feita em 1821.
Formatos
Os formatos da ilustração representam os vários formatos pelos quais as garrafas de vinho passaram a partir de 1600.
Desenho 1: cerca de 1630-1660 - uma haste e um globo;
Desenho 2: de 1660-1670;
Desenho 3: 1670-1680 (formato de "cebola");
Desenho 4: 1640-1700 ("cebola");
Desenho 5: 1700-1715 ("cebola");
Desenho 6: 1715-1720 ("cebola");
Desenho 7: 1720-1730;
Desenho 8: 1730-1750;
Desenho 9: 1750-1760;
Desenho 10: 1760-1780;
Desenho 11: 1780-1800;
Desenho 12: 1800-1820;
Desenho 13: 1820.
Mas na Inglaterra de 1821 vender vinho já engarrafado era ilegal. Isso mesmo, ilegal, pelo menos até 1860. É que os donos dos pubs (aquelas tavernas tipicamente inglesas) tinham influência política e queriam manter o negócio de venda de bebidas sob seu controle. Além disso, não havia ainda um padrão de rotulagem e meios de autenticar-se o conteúdo das garrafas.
O vinho era vendido por medida (um, dois, três, cinco copos etc.) e só engarrafado depois da venda, com o cliente tendo de providenciar as garrafas - freqüentemente identificadas por um selo pessoal. Os rótulos identificando o conteúdo da garrafa eram feitos à mão até meados de 1800. Só a partir de 1860 é que começaram a ser impressos. Mas as garrafas vieram mesmo para ficar.
Apesar de relativamente frágil e pesado, o vidro oferece vantagens flagrantes para guardar o vinho. Ele é quimicamente inerte, prevenindo contaminações, é impermeável ao oxigênio, impedindo que o vinho se estrague.
O vinho era vendido por medida (um, dois, três, cinco copos etc.) e só engarrafado depois da venda, com o cliente tendo de providenciar as garrafas - freqüentemente identificadas por um selo pessoal. Os rótulos identificando o conteúdo da garrafa eram feitos à mão até meados de 1800. Só a partir de 1860 é que começaram a ser impressos. Mas as garrafas vieram mesmo para ficar.
Apesar de relativamente frágil e pesado, o vidro oferece vantagens flagrantes para guardar o vinho. Ele é quimicamente inerte, prevenindo contaminações, é impermeável ao oxigênio, impedindo que o vinho se estrague.
Tamanhos e designações
Abaixo, temos os tamanhos atuais das garrafas de vinho e algumas de suas designações mais conhecidas.
Capacidade: 187 ml
Tamanho: Um quarto de garrafa
Dá para: 1 taça
Designação: "Split" é o nome em inglês ("meia dose"). Não conhecemos equivalente em português: "garrafinha", garrafa de dose?
Capacidade: 375 ml
Tamanho: Meia garrafa
Dá para: 2 taças
Designação: "Tenth"
Capacidade: 500 ml
Tamanho: Dois terços de garrafa
Dá para: 3 taças
Designação: Meio litro
Capacidade: 750 mil
Tamanho: Garrafa padrão
Dá para: 4 a 6 taças
Designação: "Fifth"
Capacidade: 1,50 litro
Tamanho: Duas garrafas
Dá para: 8 a 10 taças
Designação: Magnum
Capacidade: 3 litros
Tamanho: Quatro garrafas
Dá para: 17 a 19 taças
Designação: Magnum dupla. Ou Jeroboão (que se referir apenas a vinho espumante).
Capacidade: 4.5 litros/5 litros
Tamanho: Seis a seis e 2/3 de garrafas
Dá para: 25 a 28 taças
Designação: Jeroboão (no formato de Bordeaux - seis garrafas) e Jeroboão, no formato de Borgonha - seis e 2/3 (de garrafa).
Capacidade: 6 litros
Tamanho: 8 garrafas
Dá para: 34 taças
Designação: Imperial Magnum (formato de Bordeaux) e Matusalém (espumantes de formato de Borgonha).
Capacidade: 9 litros
Tamanho: 12 garrafas (uma caixa)
Dá para: 50 taças ou mais
Designação: Salmazanar
Capacidade: 12 litros
Tamanho: 16 garrafas
Dá para: 67 taças ou mais
Designação: Balthazar
Capacidade: 16 litros
Tamanho: 20 garrafas
Dá para: 112 taças
Designação: Nabucodonosor (só para espumantes).
Capacidade: 12 a 16 litros
Tamanho: De 16 a 20 garrafas
Dá para: 90 a 112 taças
Designação: Nabucodonosor (vinhos parados).
O escritor F. Scott Fitzgerald ("O Grande Gatsby", "Ricos e Malditos", "Suave é a Noite" entre outras obras importantes) dizia que, acima dos 16 litros ainda havia mais um tamanho, que chamava de "catastrophe". Pode parecer brincadeira, mas o talentoso americano tinha fígado para isso.
Até 1970, as garrafas variavam de cerca de 650 a 850 ml, com cada região adotando o seu próprio padrão. Nessa época, a União Européia estabeleceu padrões para o continente que foram adotados em todo o mundo. O tamanho padrão da garrafa de vinho é hoje de 750 ml, como sabemos. Dentro desse tamanho temos os formatos clássicos:
Bordeaux - Sua garrafa tem as laterais retas, com "ombros" (onde a garrafa começa a curvar, perto do seu "pescoço") altos e íngremes. Esse formato de "ombro" permite que sedimentos sejam mais bem contidos na garrafa, quando se serve o vinho. É um formato imitadíssimo em todo o mundo.
Borgonha - Seus "ombros" mais baixos e suaves. Esse formato também é usado no Rhône e em vários países do Novo Mundo para vinhos com a Chardonnay, Pinot Noir e varietais do Rhône.
Alsácia e Mosela - São as garrafas delgadas e altas, com "ombros" muito suaves, tipicamente em vidro verde e, ocasionalmente, castanho. São as garrafas dos Riesling, Gewüztraminer e Pinot Gris.
Champagne - Seu formato nasceu mais de uma necessidade. Um vidro muito grosso, "ombros" com curvas macias e um longo pescoço. O seu fundo é bem côncavo. Tudo isso para resistir a alta pressão exercida pelo dióxido de carbono que se desenvolve dentro dela.
Vinhos fortificados - Mais utilizadas nos vinhos do Porto, Madeira e Jerez (Sherry). São garrafas robustas.
Bom, agora você não vai fazer feio na hora de pedir um ou outro tamanho de garrafa. Ou se embaraçar sobre que tipo de garrafa diante de você (Borgonha, Bordeaux?).
Até 1970, as garrafas variavam de cerca de 650 a 850 ml, com cada região adotando o seu próprio padrão. Nessa época, a União Européia estabeleceu padrões para o continente que foram adotados em todo o mundo. O tamanho padrão da garrafa de vinho é hoje de 750 ml, como sabemos. Dentro desse tamanho temos os formatos clássicos:
Bordeaux - Sua garrafa tem as laterais retas, com "ombros" (onde a garrafa começa a curvar, perto do seu "pescoço") altos e íngremes. Esse formato de "ombro" permite que sedimentos sejam mais bem contidos na garrafa, quando se serve o vinho. É um formato imitadíssimo em todo o mundo.
Borgonha - Seus "ombros" mais baixos e suaves. Esse formato também é usado no Rhône e em vários países do Novo Mundo para vinhos com a Chardonnay, Pinot Noir e varietais do Rhône.
Alsácia e Mosela - São as garrafas delgadas e altas, com "ombros" muito suaves, tipicamente em vidro verde e, ocasionalmente, castanho. São as garrafas dos Riesling, Gewüztraminer e Pinot Gris.
Champagne - Seu formato nasceu mais de uma necessidade. Um vidro muito grosso, "ombros" com curvas macias e um longo pescoço. O seu fundo é bem côncavo. Tudo isso para resistir a alta pressão exercida pelo dióxido de carbono que se desenvolve dentro dela.
Vinhos fortificados - Mais utilizadas nos vinhos do Porto, Madeira e Jerez (Sherry). São garrafas robustas.
Bom, agora você não vai fazer feio na hora de pedir um ou outro tamanho de garrafa. Ou se embaraçar sobre que tipo de garrafa diante de você (Borgonha, Bordeaux?).
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